Pesquisas atrás de pesquisas e estudos atrás de estudos mostram que, não só o brasileiro, mas os profissionais ao redor do mundo inteiro querem mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Segundo a Randstad, em estudo publicado no final de 2021, no Brasil, 81% das pessoas que responderam, profissionais do mundo corporativo, desejam esse equilíbrio.
Olhando para a media global, estamos bem acima dos 67% apontados no mesmo item.
Essa parece ser uma demanda que vem crescendo ano após ano, especialmente após as diversas mudanças nos formatos de trabalho, especialmente com a consolidação cada vez maior do Home Office, onde o Office foi levado à Home e muitos de nós não soube lidar com os desafios, ou mesmo não estava nem um pouco preparado fisicamente e tecnicamente para essa mudança.
Fato é que são mudanças que parecem ser cada vez mais rápidas e irreversíveis, como é o caso da recém adotada semana de 4 dias por algumas empresas.
Essas mudanças de formato e dias de trabalho acabam sempre impactando em um indicador medido e desejado por todas as empresas e que tem sido sombra para os profissionais: a PRODUTIVIDADE.
Quando você lê a palavra PRODUTIVIDADE, o que vem à sua cabeça?
Trabalhar mais? Mais rápido? Abandonar toda e qualquer possibilidade de tocar a vida fora do trabalho, tudo em nome de uma maior entrega de resultados?
Essas são definições comuns em um cenário de muita pressão e busca cada vez maior por resultados cada vez maiores. Uma corrida que parece não ter fim.
É natural que essa definição de produtividade ainda corra por aí porque ela vem de um tempo onde as máquinas é que comandavam 100% da geração de lucros e receita.
Porém, na Era que estamos vivendo, o cérebro humano se torna o maior asset na busca por resultados.
E, como a nossa mente não trabalha 24/7 em alta performance, precisamos entender como lidar melhor com a realidade humana e não tentar virar máquinas.
Um contexto de muita incerteza, o aumento de volume de trabalho, a redução de equipes ao redor do mundo inteiro e ainda a necessidade infinita de se adquirir recursos (especialmente os financeiros) sejam parte da causa de querermos, cada vez mais, o equilíbrio. Parece ser um desejo de encontrar a estabilidade e a separação entre a vida insana do mundo corporativo e a paz e alegria que nossos lares e lazer nos proporcionam quase sempre.
Nesse momento quero te dar uma notícia boa e uma ruim. Vou começar com a ruim.
Você nunca vai conseguir equilibrar vida pessoal e profissional se você buscar a estabilidade e a separação.
Simplesmente porque equilíbrio entre vida pessoal e profissional não tem a ver com estabilidade e separação.
Tem a ver com inclusão e adaptabilidade.
Equilíbrio aqui é ressignificado para balanço.
E vida pessoal e profissional se torna uma única vida onde temos diferentes papéis, porém sendo uma única pessoa.
Portanto, para conseguir esse equilíbrio é necessário deixarmos de querer vestir diferentes personagens e iniciarmos um processo de agir com mais consciência nos diferentes papéis na vida, sendo congruentes com nossa missão e valores que nos regem.
Por aqui tenho compartilhado uma série de práticas que podem te ajudar a enxergar a sua vida de uma forma mais única e, vivendo com um olhar mais sistêmico e completo da sua própria vida, você conseguirá encontrar tempo e propósito em cada pedaço do seu dia, em cada papel que você desempenha no trabalho e nas outras áreas da sua vida.
Porque, no final do dia, acredito que o desejo do equilíbrio vem da vontade do ser-humano de se sentir completo e conseguir ser um bom profissional, sem deixar de ser um bom filho ou filha, marido ou esposa, irmão ou irmã, e assim por diante.
É redefinir o conceito de que não vivemos para trabalhar e nem trabalhamos para viver.
De fato trabalhamos e vivemos, tudo junto, misturado. E organizado.
Porque, se organizar, tem tempo pra tudo que importa pra você.
Faz sentido?
Me conta o seu principal insight ao ler esse texto. Quero conversar…