“A única coisa que não muda é que tudo muda”.
Esse pensamento do filósofo Heráclito é só mais uma das reflexões sobre esse assunto de mudança contínua que os primeiros filósofos gastaram bastante tempo discutindo há mais de 2.500 anos na Grécia Antiga.
Ou seja, não há nada de novo nas mudanças e mais mudanças no mundo. Nem mesmo em falar sobre esse assunto.
O problema é que parece que estamos há mais de 2.500 tentando lidar com isso sem sucesso na vida prática.
De acordo com o International Stress Management Association (ISMA-BR), o Brasil é o 2ºnpaís do mundo com mais casos de Burnout! Em números concretos, a doença atinge 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores, segundo levantamentos da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt).
E não são dados intangíveis. Temos visto semana após semana casos próximos, ou mesmo em nós mesmos, de pessoas chegando à exaustão total e tendo comportamentos totalmente incompatíveis com o equilíbrio.
Vimos semana passada o jovem trabalhador que tentou se suicidar do 7º andar de um escritório de advocacia. E, acreditem, isso é o sintoma. O problema é mais embaixo.
Venho falando sobre como conciliar trabalho com vida pessoal e, falar sobre as constantes mudanças no mundo e no nosso dia a dia, é fundamental para conseguirmos chegar ao tão sonhado e por vezes dito, utópico equilíbrio.
Vivemos em um mundo que hoje não é mais suficientemente VUCA (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo). Pós pandemia vivemos em um mundo BANI (Brittle (frágil), Ansioso, Não-linear e Incompreensível) e, nesse contexto, todos os dias temos que nos virar nos 30 para conseguir fazer aquilo que precisamos e também o que é importante para nós e que queremos além do trabalho.
O problema é quando desconsideramos essas mudanças contínuas.
Precisamos adotar uma nova postura para não deixar o MUNDO BANI nos levar à PANE geral.
Quando falo de pane, falo sobre ficar totalmente em colapso.
Pane física, mental, emocional e espiritual.
Costumo dizer que a base de uma vida produtiva está na nossa capacidade de olhar para nós primeiro porque, se não estivermos bem, não conseguiremos viver nesse mundo doido.
Especialmente quando entramos no contexto de trabalho, onde precisamos atender à diversas necessidades não só nossas como também de líderes, liderados, acionistas e mercado.
A forma para se fazer isso é fazer 5 perguntas para você mesmo e entender seu estado atual, primeiramente:
- Como anda a minha saúde física? Tenho me alimentado de forma equilibrada e me afastado do sedentarismo que o a tecnologia e estímulos atual me convida o tempo inteiro?
- Tenho aprendido coisas novas e alimentado meu conhecimento por meio de livros, cursos, mentorias e estudos diversos semanalmente?
- Como estão minhas relações com pessoas próximas? Tenho estabelecido contato frequente e experimentado ouvir mais e dialogar?
- Tenho clareza sobre o meu propósito? O sentido pelo qual faço o que faço?
- E os meus valores? Tenho clareza sobre quais são e se tenho conseguido vivê-los no meu ambiente de trabalho e fora dele?
São perguntas simples mas que podem gerar uma reflexão profunda à respeito de quem você é e de como estão suas emoções e ações.
Isso mostrará muito dos resultados que você tem tido na sua vida profissional e pessoal.
A mudança começa com essa reflexão e não somente com as suas ações.
Veja, dentro dessas mudanças de mundo, precisamos ter consciência e clareza sobre as respostas acima, porque elas é que darão estrutura e sustentação para as mudanças incompreensíveis que acontecerão no dia a dia. E, sim, elas acontecerão.
Já tinha pensado sobre elas? Quais são os sentimentos e insights que você tira a partir das respostas?
Vamos conversas e nos ajudar a sobreviver sem dar PANE